Houston. A reentrada do Satélite de Pesquisa de Alta Atmosfera (Uars, na sigla em inglês) está prevista, agora, para hoje, de acordo com a Nasa. Os registros da Agência Espacial Americana indicam uma queda mais lenta da que estava sendo esperada. A Nasa tinha anunciado que o Uars entraria na atmosfera terrestre na manhã de ontem.
Ainda segundo o comunicado da agência espacial, a atividade solar deixou de ser o principal fator de influência na velocidade de queda do satélite. A trajetória aparentemente foi alterada, tornando a sua queda mais lenta.
A agência afirmou que as chances de objetos caírem na América do Norte é remota, mas a possibilidade não pode ser descartada, devido à mudança verificada.
Ontem, os astrônomos observaram que satélite desativado do tamanho de um ônibus se aproximava rapidamente da superfície da Terra e podia atingir algum ponto do planeta.
Apesar disso, a Nasa - proprietária do gigante de 6,5 toneladas - pediu calma à população e disse que as chances de alguém ser atingido são realmente muito baixas, de 1 para 3,2 mil.
Pacífico
Para a Nasa, o mais provável é que os fragmentos do objeto, que tem o tamanho de um ônibus e deve se partir quando entrar na atmosfera, atinjam o oceano Pacífico.
Em sua rota de colisão com a superfície do planeta, o Uars poderá também passar sobre a América do Sul. No entanto, os especialistas continuam a frisar que o mais provável é que o satélite suicida caia nos oceanos, que cobrem cerca de 70% da superfície da Terra. Pelo menos 26 pedaços devem atingir a superfície do planeta.
O UARS foi enviado ao espaço em 1991 com o Discovery em uma missão para estudar a atmosfera terrestre, principalmente a camada de ozônio.
A erupção solar lançou uma série de partículas altamente carregadas, chamadas de ejeção de massa coronal, em direção à Terra. Quando as partículas atingem a atmosfera, provocam aquecimento e expansão, o que impacta a densidade do ar que o satélite está encontrando à medida que ele cai descontroladamente em órbita.
A queda de satélites também pode ser afetada por outros fatores, como a sua forma ou o aquecimento da atmosfera terrestre pela radiação vinda do Sol. Este aquecimento pode até acelerar a queda dos destroços.
ColumbiaQuando o ônibus espacial Columbia explodiu durante sua reentrada, em 2003, havia sete astronautas na espaçonave e 42,5 toneladas de equipamento. Mas não se alguém na Terra foi ferido pelas partículas.
- Rodrigo dos Anjos, André Augusto, Guilherme, Maria Aparecida e Lisana
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